Notícias

376

Com a proposta de abordar assuntos ligados ao municipalismo nas áreas de gestão, educação, transporte, entre outras, representantes dos Poderes Executivos e Legislativos de centenas de cidades paulistas estiveram na quarta-feira (8), na cidade de Serra Negra, palco do 59 Congresso Estadual de Municípios. “Esse tipo de encontro é uma troca de experiência importante por possibilitar a buscar por conhecimento para a cidade”, diz o presidente da Câmara Municipal de Araraquara, Elias Chediek (PMDB), que representou a cidade. Ao lado dele estava a vice-presidente da Casa e também presidente da Escola do Legislativo, Edna Martins (PV). Para ela, o Congresso envolvendo os municípios do Estado de São Paulo é importante devido a série de experiências apresentadas por outros municípios. “A gente pode aprender e colher novas ideias. Além disso, há uma série de órgãos do Estado apresentando e mostrando como acessar os serviços.” Chediek também avalia como salutar o envolvimento direto com outros municípios. “São muitas cidades e várias delas vem mostrar o lado positivo de projetos que tiveram êxito na suas cidades. Tivemos a oportunidade de ouvir de representantes do Estado e da União falando dos mecanismos e das políticas públicas oferecidas aos municípios”, diz Chediek citando a participação do Secretário de Estado de Logística e Transporte, Duarte Nogueira, e do ministro Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Edinho Araújo.

Devido ao trabalho desenvolvido na Escola do Legislativo, Edna Martins ainda participou de uma mesa de conversas da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp) para discutir a reforma política. “É um tema atual qualificando a todos enquanto vereadores, prefeitos e agentes públicos.” Já o presidente da Câmara conheceu ainda uma série de produtos que poderiam otimizar a vida dos moradores de Araraquara como um bafômetro descartável apresentado pelo Detran. A participação do Poder Legislativo em Congressos, na opinião do presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Misiara, pode ser comparada a atuação de profissionais de outras áreas como o médico, o advogado ou engenheiro. “É a especialização. Eleito, é claro que ele precisa ouvir, debater, discutir e opinar e levar para casa uma mala de propostas para ajudar a comunidade”, destaca Misiara citando a participação ativa de Chediek e Edna, durante o encontro estadual. “Quem fica cuidando de buraco e pedidos para o prefeito se torna um vereador comum, mas quem vai em busca de ajuda para que o Executivo possa administrar a sua cidade é um vereador especial”, afirma o presidente da Uvesp. Para o vice-governador do Estado, Márcio França (PSB), todos os vereadores do Estado aprendem criando novas ideias e soluções para aplicar nos momentos de crise. “Os parlamentares acabam se informando e levando essa experiência ao seu município.”

Especialista em marketing político e com 262 campanhas eleitorais na carreira, o professor de universidades da Europa, Carlos Manhanelli, acredita que o Congresso aproxima os vereadores das novas tecnologias, além de um novo conhecimento daquilo que está passando no mundo político. “Hoje, por exemplo, discutimos a reforma política que é o assunto do momento. E os vereadores tem que se inteirar do tema e ainda interferir porque irá atingi-los. Porque se deixar as leis apenas para o Legislativo Federal, sem a participação dos vereadores, certamente teremos uma lei capenga.”