276
No Brasil, a participação feminina no Congresso Nacional é em média de 10%, colocando o país na posição 156ª de uma lista de 188 países da União Interparlamentar, atrás de nações de menor abertura política ou condição socioeconômica, como Turquia e Etiópia. Em Araraquara, não é diferente. Dos 18 vereadores, apenas duas são mulheres. “A vida na política é muito solitária para as mulheres, e a violência psicológica muito maior”, afirmou a vereadora Thainara Faria (PT) em mesa redonda promovida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) na terça-feira (18).
Também compuseram a mesa a professora do curso de Administração Pública, Soraya Lunardi, e a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres no Município, Amanda Vizoná. A primeira abordou a misoginia na política e criticou a legislação brasileira no que tange à promoção de maior representatividade feminina no parlamento. “Embora exista uma lei que determine que, no mínimo, 30% dos registros de candidaturas dos partidos devam ser preenchidos por mulheres, isso não assegura o assento. Trata-se apenas de uma lei formal e bastante capciosa, pois não reflete o compromisso dos partidos em, de fato, ter aquelas mulheres eleitas”, pontuou. Amanda Vizoná parabenizou o Executivo municipal pela paridade na gestão pública, com 50% de mulheres no comando de secretarias e coordenadorias. E, embora, considere um avanço a cidade contar com um Centro de Referência à Mulher, lamenta a necessidade da medida. “Poderíamos estar pensando em políticas para mulheres que envolvessem cultura, esporte. Mas, não. É preciso um centro de referência para proteger as mulheres vítimas de violência”, comentou. De acordo com a coordenadora, só em 2017, Araraquara registrou mais de 50 estupros e dois mil boletins de ocorrência de violência doméstica.
Na plateia, 62 meninas, entre 15 e 16 anos, da Escola Estadual Pedro José Neto escutavam tudo atentamente. A iniciativa é resultado de um projeto de extensão universitária com os alunos do primeiro ano do curso de Administração Pública da Unesp, que visa à inclusão da mulher no ambiente acadêmico. Após a mesa redonda, as estudantes percorreram as instalações da universidade. Dentro do projeto também está prevista uma campanha de doação de livros para a instituição de ensino.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Nesta sexta-feira (8), a feira de economia criativa GiraFeira apresenta uma edição especial, marcada pelos embalos dos anos 70 e 80: é a “GiraFeira Night Fever”, a ser realizada na Praça da Indepen...
As ações desenvolvidas no fomento à tecnologia e ao surgimento de novas empresas no município foram debatidas na Audiência Pública “Inovação e Tecnologia: Desafios em Araraquara”. O evento, organiz...
Um novo servidor aprovado em concurso público foi empossado pela Câmara Municipal de Araraquara na sexta-feira (1º), em ato no gabinete da Presidência. Matheus Ramalho Orlando passa a reforçar...
Como parte da campanha Agosto Lilás 2025, a Prefeitura realiza uma série de rodas de conversa conduzidas pelas psicólogas do Centro de Referência da Mulher (CRM) com beneficiários do Bolsa Cidadani...
Nos dias 12 e 19 de agosto, a Biblioteca Infantil Municipal “Monteiro Lobato” recebe uma atividade especial da FliSolzinha, programação infantil da Festa Literária da Morada do Sol (FliSol), com vi...
O Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores (CLDP) da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Unesp Araraquara está com inscrições abertas para cursos de idiomas presenciais e online, com...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.