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Não basta ter acesso ao medicamento, é preciso, também, saber a forma correta de tomar e até descartar a medicação. Uma pesquisa recente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que mais de 77% dos entrevistados têm o hábito de se automedicar e mais da metade dos que estão com prescrição médica não seguem a orientação do médico ou farmacêutico. A fim de orientar a população sobre os riscos dessas práticas, o vereador Edson Hel (PPS) promove, pelo terceiro ano consecutivo, a “Semana de Conscientização do Uso Correto de Medicamentos”, em parceria com a Universidade de Araraquara (Uniara), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Paulista (Unip) e Prefeitura Municipal. “O objetivo da Semana é conscientizar sobre os perigos que envolvem o descarte incorreto e a automedicação, que, inclusive, é uma das principais causas de intoxicação no país”, alerta Hel. Os riscos do descarte inadequado vão além do impacto ambiental. “Não há tratamento no mundo que remova medicamento da água e essa água contaminada acaba voltando para a nossa torneira”, afirma a coordenadora do curso de Farmácia da Unip, Maira da Penha Marques da Silva Perez. A costureira Antônia Alves aprendeu direitinho. Se antes, ela descartava os remédios em desuso no vaso sanitário, hoje ela até ensina: “Há lugares específicos na cidade para isso, como os postos de saúde”, cita. Ela também foi orientada que a ingestão deve ser sempre feita com água e os horários precisam ser respeitados para garantir a efetividade do tratamento.

Programação

A programação segue até sexta-feira (10) e inclui distribuição de panfletos informativos, palestras para alunos de escolas públicas das regiões do Hortências, Maria Luiza e Carmo, além de aferição de pressão e averiguação de Índice de Massa Corporal (IMC), feitas por universitários, no Núcleo de Gestão Ambulatorial (NGA3), no centro, e nas unidades de saúde do Vale do Sol e do Parque São Paulo. Ainda está prevista visita monitorada à Semana de Assistência Farmacêutica Estudantil (Safe), realizada pela Unesp há 20 anos. Uma forma de unir teoria e prática, na opinião da estudante do terceiro ano de Farmácia da Uniara, Kryssiele Laura Fernandes. “É um cuidado com o paciente que não seria possível de ser vivenciado em sala de aula”, coloca. Fora isso, os dados coletados durante esses dias servirão de base para uma pesquisa científica que está sendo desenvolvida sob a coordenação da professora Patrícia Bernardi, coordenadora do estágio em Saúde Pública.

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