Notícias



Processo de titulação de assentamentos é discutido em São Paulo

Vereador Edio Lopes (PT) participou de audiência que debateu a situação dos assentamentos da região central do Estado

257


Na tarde de segunda-feira (24), o Instituto de Terras de São Paulo (Itesp) promoveu Audiência Pública sobre o processo de titulação dos lotes dos assentamentos de reforma agrária. O encontro, realizado em Motuca, foi o nono da série de discussões nos assentamentos do Estado.

No Ginásio Esportivo da cidade, o prefeito de Motuca, João Ricardo (PT), o presidente da Câmara, Alison de Souza (PSB), a deputada estadual Márcia Lia (PT), representantes do Itesp, assentados e o vereador de Araraquara Edio Lopes (PT) debateram sobre a mudança que garante a posse da terra aos moradores de 15 assentamentos da região, dentre eles o Assentamento Bela Vista do Chibarro, cuja localização compreende os municípios de Araraquara, Matão e Motuca. De acordo com o diretor adjunto de Formação e Promoção do Itesp, Carlos Henrique Gomes, a titulação é um processo que dá continuidade à concessão de uso da terra. “Em 2015, a partir da alteração do artigo 12 da lei que dispõe sobre planos públicos de valorização e aproveitamento dos recursos fundiários, foi autorizada a concessão hereditária que permitiu a transferência do lote aos filhos. Agora, a expectativa é dar maior segurança jurídica aos assentados e menor burocracia ao Estado”, justificou. O diretor adjunto de Políticas de Desenvolvimento do Instituto, Ivan Cintra Lima, ainda reitera que a Audiência é o primeiro passo para ajustar o processo. “Neste momento, surge a demanda de que o título de domínio seja da família, mas queremos, a partir do debate, formular um projeto, que ainda será encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que vá ao encontro dos anseios dos assentados.”

Ao longo da reunião, foram explanados os custos e os critérios para os interessados em obter o título da terra. O processo não é obrigatório, mas para fazê-lo é necessário que a família tenha alcançado progresso social e econômico nos últimos dez anos ou para aqueles que solicitaram a concessão de uso, após o decurso do prazo de cinco anos. O custo para conquistar o título é de 10% do valor da terra nua, ou seja, a terra pura sem as benfeitorias inseridas ao longo do tempo, e o pagamento pode ser feito em até 36 meses com parcelas mensais, anuais ou semestrais, conforme for melhor para o assentado. Caso o pagamento seja imediato, haverá 20% de desconto. De acordo com Lima, o valor do hectare (10 mil m2) terá como referência aquele utilizado em Pontal do Paranapanema, R$ 18 mil. O valor está abaixo do custo de mercado. Em Araraquara, por exemplo, o valor é de R$ 50 mil. Há também as cláusulas restritivas: após obter o título, o assentado não pode transferir a terra por um período de dez anos. Após esse prazo, a transferência deve ser feita a partir da concordância do Estado e a terra deve ter destinação agrícola. Segundo Gomes, a ideia é evitar o plantio de monoculturas. “Não queremos a reorganização do latifúndio. As restrições servem para dar continuidade do desenvolvimento das regiões, proteger a agricultura familiar e impedir a reconcentração da terra.” Para o vereador Edio Lopes, o debate com os envolvidos é necessário. “A posposta ainda será formulada pelo Itesp e pela Secretaria de Justiça e Cidadania, mas antes mesmo de elaboração do documento final é fundamental que os assentados entendam todos os detalhes desse processo para que não sejam prejudicados. Assim que finalizada a proposta, analisarei o documento para fazer os apontamentos necessários”, finalizou.

 

Confira as fotos aqui.


Publicado em: 26 de junho de 2019

Cadastre-se e receba notícias em seu email

Categoria: Câmara

Comentários

Adicione seu comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.


Outras Notícias

Fique por dentro

Agenda Cultural – 16/05/25

16 de maio de 2025

            Música   Com Ananda e os Pink Lee, o show “Rita e outras rebeldias” é um tributo vibrante às mulheres que transformaram a música brasileira, com destaque para Rita Lee e outras gran...



Agenda Esportiva – 16/05/25

16 de maio de 2025

              Festival de tênis                         A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e a Fundesport realizam um Festival de Tênis de Mesa feminino e masculino neste fim de semana,...



Direitos de gestantes e bebês são abordados em Audiência Pública na Câmara

16 de maio de 2025

A inclusão de exames destinados às gestantes em acompanhamento pré-natal e para recém-nascidos atendidos pela rede municipal de saúde foi debatida em Audiência Pública realizada na Câmara na tarde...



Oficina de Circo no CEU

16 de maio de 2025

A Secretaria Municipal da Cultura e a Fundart estão com inscrições abertas para a Oficina de Circo no CEU das Artes, com aulas gratuitas e voltadas a crianças e jovens de 6 a 16 anos. As aulas acon...



Em Audiência Pública na Câmara, comerciantes defendem adequação no Plano Diretor

15 de maio de 2025

Empresários e representantes de associações e sindicatos ligados ao comércio de Araraquara defenderam, em Audiência Pública na Câmara, a atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento e Política U...



Revisão de sinalização de trânsito em frente a escola é solicitada à Prefeitura

15 de maio de 2025

Após ser procurado por funcionários e outros frequentadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef.) “Professora Olga Ferreira Campos”, o vereador Coronel Prado (Novo) enviou a Indicação n...





Esse site armazena dados (como cookies), o que permite que determinadas funcionalidades (como análises e personalização) funcionem apropriadamente. Clique aqui e saiba mais!